O prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira, passou 40 anos de sua vida lutando pra administrar sua cidade. Acumulou promessas de quatro décadas garantindo que seria o melhor prefeito que Santa Rita já possuiu. Há quatro meses na gestão, nem sinal daquilo que queria ser.
Criar cargos em excesso, nomear parentes e perder auxiliares foram ações que mais repercutiram no seu início de gestão. Pra completar, resolveu alimentar a tese de lançar o filho, Reginaldo Segundo, candidato a deputado estadual. Hoje, não conseguiu segurar e abriu artilharia contra a secretária de Comunicação do Estado, Estela Bezerra (PSB).
Chamou-a de falastrona, chegou a mandá-la “calar a boca”, acusou-a de usar a máquina em favor da campanha proporcional de 2014 e pediu que o governador Ricardo Coutinho (PSB) puxasse a orelha da auxiliar. Reginaldo estaria respondendo a declarações de Estela de que ele tencionaria tratar Santa Rita como “curral eleitoral”. Pediu respeito.
Por trás das declarações de Reginaldo, a exposição do seu incomodo. Candidata a deputada estadual, Estela transita em Santa Rita com a legitimidade de ser candidata do próprio governador Ricardo. E mais: vê em Estela uma ponte entre o Palácio da Redenção e o município passando sobre sua cabeça. Prefeito com gestão paralisada, Reginaldo sabe que isso lhe tira as forças administrativas e políticas.
Está claro que Pereira não quer apenas as obras do governo. Quer que elas cheguem sob sua responsabilidade, sem intermediários. Especialmente se forem intermediários que, tal qual Estela, que ameaçam o projeto dos seus descendentes.
Reginaldo mandou Estela falar menos. Em Santa Rita, o povo pede a mesma coisa. Só que pra ele próprio.
caverna com Luís Tôrres
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