Líderes islâmicos agradecem a Obama por morte de Bin Laden

Líderes da comunidade islâmica nos Estados Unidos disseram à imprensa, nesta segunda-feira (2), em Washington, que estão gratos ao presidente Barack Obama e esperam que a morte de Osama bin Laden traga alívio a todas as famílias americanas.
"Osama bin Laden se valia de atos indiscriminados de violência, e a Primavera Árabe é prova de que a ideologia dele não era o que o mundo muçulmano queria", disse Haris Tarin, diretor do Conselho de Assuntos Públicos Muçulmanos.
Os representantes das comunidades muçulmanas nos EUA lembraram à imprensa que Bin Laden havia matado mais muçulmanos do que não muçulmanos, e que os muçulmanos de hoje não se identificam de modo algum com a Al-Qaeda.
"A notícia da morte de Bin Laden é um grande marco, mas a luta não termina por aqui. É uma luta constante na qual devemos expor as contradições da ideologia da Al-Qaeda com o Islã", afirmou Sayyid Syeed, diretor nacional de Alianças entre Religiões e Comunidades da Sociedade Islâmica da América do Norte.
Terror continua
Os líderes muçulmanos disseram, entretanto, que a morte do líder da Al-Qaeda não significa o fim do terrorismo. "O terrorismo provavelmente vai aumentar nos próximos meses, mas não devemos sobrestimar o poder de Bin Laden. Ele não tem milhares de seguidores", afirmou Tarin.
As organizações islâmicas nos EUA estão otimistas quanto ao futuro do relacionamento dos EUA com o mundo muçulmano e, particularmente, com o Paquistão. "Este evento somente estreitará o relacionamento dos EUA com o mundo muçulmano", disse Imam Magid, presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte.
Os representantes dos grupos muçulmanos nos EUA afirmaram que os fiéis da religião de Mohamed não têm interesse em Bin Laden, e que as pessoas esquecem que há o lado humano, que vai além das diferenças entre crenças religiosas. "Enquanto Bin Laden estava sentado no seu trono, na sua mansão, ele fazia meninos de 12 anos cometerem atos de terrorismo", disse Tarin.
Os muçulmanos que vivem nos EUA esperam que este seja o início de um processo que resulte em um melhor entendimento entre eles e todas as outras comunidades. "Sofremos diariamente com humilhação. O presidente Obama disse que isso (a morte de Bin Laden) une todos os americanos. Mas une toda a humanidade. Bin Laden tinha sequestrado o Islã e pessoas de todas as crenças sofreram com seus atos de violência", afirmou Syeed.
Osama bin Laden é morto no Paquistão
No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .
A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro
O cabaré com jornaldobrasil

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