DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
No mesmo dia em que os EUA e a Coreia do Sul encerraram suas manobras militares e Seul alertou para novos ataques do Norte, documentos vazados pelo site WikiLeaks apontam que em janeiro de 2010 várias autoridades norte-coreanas desertaram para o Sul, descontentes com o processo de sucessão do ditador Kim Jong-il.
Os telegramas diplomáticos assinados pelo embaixador americano em Seul no início deste ano apontam que o regime de Pyongyang vive uma situação interna "cada vez mais caótica".
Baseado em dados sigilosos obtidos do chanceler sul-coreano Yu Myung-Hwan, o embaixador dos EUA comunicou Washington da deserção de oficiais do Norte.
"Um número não determinado de funcionários norte-coreanos em missão no exterior desertou recentemente", afirmou o ministro Yu, de acordo com o telegrama.
O chanceler sul-coreano disse ainda que a sucessão no comando do regime comunista, entre Kim Jong-Il e seu filho Kim Jong-Un, 27 anos, "não acontece tranquilamente" e que uma reforma monetária provocou grandes problemas para Pyongyang.
Tanto o ministério sul-coreano das Relações Exteriores como os serviços secretos sul-coreanos não confirmaram a autenticidade da nota, considerada confidencial.
ALERTA
O chefe de inteligência da Coreia do Sul disse nesta quarta-feira que há grandes riscos de que a Coreia do Norte ataque novamente, uma semana após os confrontos que deixaram quatro mortos na ilha de Yeonpyeong, informou a agência estatal Yonhap.
"Há uma alta probabilidade de que o Norte faça um novo ataque", disse Won Sei-hoon, diretor do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreana.
Para ele as últimas ações militares norte-coreanas ocorreram num momento em que, em Pyongyang, "disputas internas estão crescendo em relação à sucessão de uma terceira geração e a situação econômica está piorando".
EXERCÍCIOS MILITARES
As declarações de Won chegam no mesmo dia em que os EUA e a Coreia do Sul encerram uma nova rodada de manobras militares na região do mar Amarelo.
Os dois países conduziram quatro dias de manobras navais conjuntas que contaram com a participação do porta-aviões nuclear americano George Washington, de uma dezena de navios de guerra e de 7.300 militares.
Ainda nesta quarta a Coreia do Sul anunciou que realizará manobras navais adicionais entre 6 e 12 de dezembro.
Pelo planejamento, os novos exercícios militares farão uso de fogo real em várias regiões das águas sul-coreanas, incluindo zonas próximas à fronteira com a Coreia do Norte no mar Amarelo, como forma de reforçar a defesa diante das provocações norte-coreanas, informaram fontes militares sul-coreanas.
As novas manobras da Coreia do Sul se aproximarão muito mais da tensa fronteira marítima com a Coreia do Norte, com a previsão de atividades --além de outras zonas-- na ilha de Daechong, território sul-coreano próximo à costa norte-coreana.
Arte/FSP | ||
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