O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (3) à TV Paraíba ter recebido da gestão anterior um débito de R$ 11,5 milhões em salários não pagos. O gestor disse que a Prefeitura Municipal está sem recursos e garantiu a quitação das dívidas, além do pagamento em dia dos vencimentos de janeiro.
Na quarta-feira (2), o primeiro decreto da atual administração exonerou 422 cargos comissionados e anulou contratos realizados nos últimos oito meses de gestão do ex-prefeito Veneziano Vital. De acordo com Romero, o objetivo é enxugar a máquina pública para promover o pagamento dos débitos.
Segundo o gestor, as dívidas serão devidamente quitadas. “O diagnóstico inicial é de cofre zerado. Em um levantamento preliminar, apenas com pendências de salários de efetivos chegamos a R$ 11,5 milhões. Estamos tentando contabilizar esses débitos para esclarecer à população o cumprimento dessas pendências”, afirmou Romero Rodrigues.
“Temos que enxugar a folha. Se há débitos, só tem uma forma de cumprir: enxugando a máquina administrativa, através da redução de comissionados e terceirizados que havia em excesso na Prefeitura. Na lógica que estamos estabelecendo, vamos pagar rigorosamente em dia já no mês de janeiro, que é responsabilidade da nossa gestão”, garantiu o prefeito.
O G1 tentou entrar em contato com o ex-secretário de finanças da Prefeitura Municipal de Campina Grande, Júlio César Cabral, mas as ligações telefônicas não foram atendidas. Em entrevista no início da tarde, à Rádio Paraíba FM, o ex-prefeito Veneziano Vital rebateu as afirmações de Romero. Segundo o peemedebista, seu sucessor está desinformado pois ele deixou no caixa da prefeitura cerca de R$ 45 milhões.
“Na sexta-feira (28) entraram R$ 17 milhões e algo mais para a duplicação da Avenida Argemiro de Figueredo, e também R$ 13 milhões para a área de saúde, para que nenhum servidor deixasse de receber. Além disso, R$ 2,6 milhões do ICMS entraram na conta da prefeitura ontem e são relativos ao exercício anterior. Temos ainda outros R$ 870 mil em duas contas bancárias", disse Veneziano.
caverna com G1
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