PF destrói 93 mil pés de maconha no sertão de Pernambuco

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

A Polícia Federal destruiu 93 mil pés de maconha e 35.830 mudas da planta em cinco dias de operação no sertão de Pernambuco. A ação, que começou dia 25 de abril e termina no próximo dia 4, está sendo realizada na região conhecida como 'polígono da maconha', maior produtora da droga no país. Não há informação sobre confrontos ou prisões.

Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco
Pés de maconha são destruídos pela PF em PE
Pés de maconha são destruídos pela PF em PE
Segundo a PF, as 74 lavouras destruídas produziriam cerca de 28 toneladas do entorpecente pronto para o consumo. Os policiais atuam em oito municípios próximos à divisa com a Bahia e em ilhas do rio São Francisco.

A operação, batizada de Caruá 2, conta com a participação de aproximadamente 90 policiais federais, além de 40 bombeiros e policiais militares de companhias especializadas. Estão sendo utilizados veículos terrestres, dois helicópteros, botes e até um jet-ski.

Técnicos do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) também participam da operação, fornecendo informações para a identificação dos proprietários das terras onde estão sendo encontradas as lavouras. A Constituição prevê a expropriação das áreas com plantio de entorpecentes para fins de reforma agrária.

Superintendência da Polícia Federal em Pernambuco
74 lavouras destruídas produziriam cerca de 28 toneladas
74 lavouras destruídas produziriam cerca de 28 toneladas
A PF realiza quatro operações de erradicação de maconha por ano no sertão pernambucano. As ações coincidem com o ciclo produtivo da maconha, que é de três meses no sertão.

No ano passado, foram erradicados 1,04 milhão de pés nas quatro fases da operação. Segundo a PF, deixaram de ser produzidos 312 toneladas da droga. Este ano, na operação Caruá 1, os policiais destruíram 337,4 mil pés de maconha.

De acordo com a Polícia Federal, um traficante gasta cerca de R$ 20 mil para cultivar 10 mil pés e produzir três toneladas da droga. O quilo da maconha é vendido no local da produção por R$ 200 ou R$ 300, o que pode gerar um faturamento de até R$ 900 mil ao produtor. Em Recife, o quilo da droga chega a custar R$ 800.

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