Dois tibetanos são mortos durante blitz em monastério em Pequim

DA FRANCE PRESSE, EM PEQUIM


Dois tibetanos morreram durante uma intervenção policial realizada em um monastério budista no sudoeste da China, informou neste sábado um grupo de opositores.

As autoridades acordaram o monastério de Kirti, na província de Sichuan, e ordenaram a aplicação de um programa de reeducação depois dos incidentes ocorridos no mês passado originados pela imolação de um jovem bonzo durante uma manifestação antigoverno.

Segundo a Associação Internacional Campanha para o Tibet (ICT, da sigla em inglês), com base em Nova York, as forças de segurança realizaram uma blitz no monastério na quinta-feira à noite e prenderam mais de 300 monges.

Posteriormente, a polícia agrediu um grupo de laicos que realizavam guarda no exterior do templo e mataram dois tibetanos sexagenários, segundo a mesma fonte, que cita um monge de Kirti no exílio.

O governo tibetano no exílio, fundado pelo Dalai Lama, declarou em um comunicado estar "muito preocupado" com a "situação no monastério de Kirti".

Também pediu aos governos de todo o mundo que convencessem Pequim "de não usar a força para resolver a crise".

"Diante da ausência de equipes de verificação independentes, de proteção legal e de imprensa livre, estamos muito preocupados com essa situação, que poderá gerar um genocídio", disse o governo tibetano no exílio em Dharamsala, norte da Índia.

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