Após explosões em embaixadas, autoridades chilenas e italianas ficam em alerta

DA ANSA, EM ROMA E SANTIAGO DO CHILE  

Um pacote-bomba explodiu nesta quinta-feira na Embaixada do Chile em Roma e feriu um funcionário, na segunda explosão a uma sede diplomática que ocorre hoje na capital da Itália, alertando as autoridades dos dois países. 

Na detonação, o homem que abriu um dos pacotes-bomba ficou ferido, mas não corre risco de morte, segundo informações oficiais. 

A Chancelaria chilena afirmou à ANSA que está "reunindo informação oficial" sobre a explosão. "Estamos recolhendo informação, tratando de obter a informação oficial", disse uma fonte diplomática do país latino-americano. 


Angelo Carconi/AP
Carros da polícia e dos bombeiros estacionados em frente á embaixada chilena em Roma, onde explosão feriu um
Carros da polícia e dos bombeiros estacionados em frente á embaixada chilena em Roma, onde explosão feriu um


Horas antes, um outro pacote-bomba explodiu na Embaixada da Suíça na capital italiana e feriu gravemente o funcionário que abriu o embrulho. Ele foi levado ao hospital Umberto 1º e corre o risco de perder a mão esquerda. 

Um terceiro pacote suspeito foi encontrado na sede diplomática da Ucrânia e as forças de segurança identificaram a existência de um explosivo dentro do embrulho. A polícia italiana foi mobilizada e está realizando uma inspeção em todas as embaixadas de Roma, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores do país. 

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, irá se reunir com o ministro do Interior, Roberto Maroni, para discutir os atentados. 

Também foi registrado hoje um alarme falso de bomba próximo a Campidoglio, a sede da prefeitura de Roma. Logo após receberem uma chamada telefônica com a ameaça de uma bomba, um grupo de agentes revistou o lugar e não encontrou nenhuma ameaça. 

O prefeito da capital italiana, Gianni Alemanno, afirmou que não existe nenhuma conexão entre a ameaça de explosão próximo à prefeitura e as duas outras ocorrências nas sedes diplomáticas. 

No entanto, ao saber do pacote na Embaixada ucraniana, Alemanno afirmou está ocorrendo "uma onda de terrorismo contra embaixadas, algo mais inquietante do que apenas um atentado". 

A esposa do funcionário que saiu ferido na detonação ocorrida na sede diplomática da Suíça disse que a "avisaram às 12h30 locais (9h30 no horário de Brasília) da Embaixada". "Quando soube da bomba, eu temi pela vida dele. Agora me disseram que só tem problema nas mãos, mas ainda estou preocupada", afirmou Naiyana. 

"Meu marido trabalha como empregado no correio da Embaixada [suíça] há seis anos e, antes desta manhã, nunca tinha acontecido nada do tipo. Não consigo entender como isso foi possível nem quem possa ter sido. A Suíça é um país tão tranquilo, neutro...", manifestou Naiyana, que aguarda para ver o marido no setor de cirurgia do hospital onde está internado.

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